sábado, 7 de maio de 2011

Contrarrazões

Hoje sou herói sem cavalo e sem espada
Enfrento meus moinhos incertos da razão
Um prato frio e indigesto ao paladar da bela arte,
U'a tela triste vaga e cinza sem vestígio de emoção.

Agora sou navegador de um mar de estrelas e de sonhos
Flutuando em barco raro de machado e de pedra
Gaivotas com ciúme grasnam contra a embarcação
E soçobro solitário em praia turva que me cega.

Então viro militante de guerrilha num combate
Revolto a tola ditadura cartesiana que me cerca
Sequestro filho de Descartes e que meu verso maltrate
O ouvido do general e sua parva dialética!

"Não existe meio mais seguro para fugir do mundo do que a arte, e não há forma mais segura de se unir a ele do que a arte."
Goethe

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