Não se bate no muro sem sentir a
energia
Do bloco de concreto que o punho
contrai
Não se bate um coração sem causar
avaria
De ação e reação que a vida trai.
Aplicar sentimentos não esperando
estorno
Arriscar-se em turbulências e
voar num precipício
Amar os extremos procurando não ser
morno
Flutuar sob o tédio e deslizar no
fictício.
Anular peso do corpo e o medo do
incrível
Perseguir rasos sonhos despencando
num desnível
Caminhar com peito nu sem ter
onde chegar
Eis o pêndulo que traduz
movimento de se entregar.